Pouco se sabe com certeza, porém, a terra abonou sinais dos primeiros
habitantes da bacia do rio Uruguai, mas não tanto que não possam mais
ser encontrados. Através de estudos arqueológicos pode ser comprovada a
presença milenar dos povos primitivos. Os sítios arqueológicos
apresentam quase sempre superfícies escurecidas, cacos de cerâmica e
outros artefatos. No imaginário popular, os recipientes cerâmicos quando
encontrados no solo despertam cobiça e curiosidade, pois as populações
contemporâneas veem nesses objetos uma possibilidade de lucrar com os
"possíveis tesouros" que se encontram no interior deles, muitas pessoas
acreditam que os "potes dos índios" estão cheios de ouro. Isso é, na
verdade, um grande mito. As antigas populações pré-coloniais não tinham o
domínio do metal, sendo assim, não tinham conhecimento deste metal tão
cobiçado, o ouro. Por outro lado, os recipientes cerâmicos eram
produzidos para serem usados em diferentes funções, inclusive para serem
enterrados. Os pioneiros garantem não exagerar quando contam que “ao
lavrarem a terra, as panelas dos indígenas estouravam e os bois
afundavam. As formas e tamanhos das igaçabas eram diversas. Algumas
estavam ricamente decoradas. Acreditavam numa vida após a morte, mas
suas divindades e as características de acomodar os mortos não foram
estudadas. Nenhum tesouro ou dote foi encontrado nas urnas funerárias,
contrário às lendas e histórias contadas por alguns colonizadores.
Introduziam os cadáveres nas urnas logo após a morte, quebravam alguns
de seus membros para acomodá-lo na urna, em seguida fazia uma escavação e
ali enterravam o corpo.
fonte: PortalFo Colunista Marina Bianchi
fonte: PortalFo Colunista Marina Bianchi